Av. São João Nº 136
Peabiru-PR
Palavra do padre
01/08/2020

18° Domingo do Tempo Comum 2020 â?? Ano A

O pouco com Deus é muito!

iniciamos hoje o mês dedicado às vocações. Jesus, o vocacionado do Pai por excelência, demonstra que a compaixão faz parte de seu agir missionário. Após a morte de João Batista, vai ao deserto para retirar-se. Mas seu olhar, cheio de compaixão, leva-o a acolher as pessoas e a anunciar-lhes a boa nova do evangelho. O momento é também propício para instruir os discípulos no caminho da compaixão, o qual os leva a se comprometer com a necessidade do povo. É mais fácil e confortável despedir a multidão, mas Jesus exorta seus discípulos a encarar o desafio em modo novo, ou seja, com compaixão. É preciso sentir-se responsável pelo rebanho a eles confiado. Sem esse comprometimento, o amor de Deus não se multiplica e o povo continua abandonado à própria sorte.

Os cinco pães e os dois peixes são insuficientes se considerados em si mesmos. Mas, no momento em que são entregues nas mãos de Jesus e são elevados em agradecimentos como dons divinos, tornam-se mais que suficientes para saciar toda a multidão. Basta abrir o coração para a partilha, reconhecendo que o que temos, por pouco que seja, não nos pertence. A partir daí se entende o famoso dito: “o pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada”.

Viver a compaixão que compromete, o compromisso que faz crescer na solidariedade, sem jamais perder a confiança no Deus sempre providente. Eis o caminho proposto para o discípulo-missionário de Jesus.

O milagre da multiplicação começa no coração

A passagem do Evangelho de hoje coloca a ação dos discípulos em conjunto com a ação de Deus. O “dai-lhes vós mesmos de comer” alerta que a atitude da partilha deve começar com os discípulos. Jesus não multiplica pães e peixes do nada, mas do fruto da partilha a Ele oferecido.

A lição vale para nós, discípulos-missionários de hoje. Não são raras as vezes em que nos deparamos com as múltiplas situações de necessidade e miséria e continuamos a pensar que nossos cinco pães e dois peixes não são suficientes. Falta-nos uma união maior com o amor de Cristo, como nos exorta Paulo na segunda leitura. Reconheçamos, na força da fé, que nada pode nos separar do amor de Cristo, que se mostra faminto no próximo. Nada poderá nos levar ao desânimo e ao descompromisso com o irmão que passa necessidade.

Unidos ao amor de Cristo, vamos nos convencendo de que o milagre da multiplicação começa, de fato, no coração que se abre para partilhar a vida abundante que Deus oferece a todos. Rezemos hoje por todos os sacerdotes e vocacionados a essa vida de entrega total de si mesmo a Deus e ao povo. Que todos os padres de nossas comunidades sejam abençoados na missão de serem bons pastores comprometidos com os fiéis a eles confiados.



Fonte: https://portalkairos.org/reflexao-e-sugestao-para-a-missa-do-18-domingo-do-tempo-comum-2020-ano-a/#ixzz6Tu83qRtR



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