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Peabiru-PR
Palavra do padre
15/05/2021

Liturgia da Solenidade da Ascensão do Senhor

Aproximamo-nos do termo do Tempo Pascal, a liturgia festiva começada na noite de Páscoa, continua com a celebração da Ascensão do Senhor e a vinda do Espírito Santo. Ambas as celebrações se integram na perspectiva da Páscoa. A essa luz, celebramos, hoje, a Sua glória, contemplando o Senhor Ressuscitado que deixa os seus amigos para “subir ao céu”

Na festa de hoje continuamos a Festa da Páscoa. A Ascensão de Cristo é a nossa esperança.

Será que, durante o tempo decorrido desde o dia de Páscoa até hoje, temos vivido a alegria e a esperança da Ressurreição de Jesus?

fonte: https://paroquiasaoluis-faro.org/16-de-maio-de-2021-liturgia-da-solenidade-da-ascensao-do-senhor-ano-b/

A Ascensão de Jesus ao céu não é uma despedida

A ressurreição de Jesus marcou o início do Reino de Deus, mas não o fim da história. Durante quarenta dias foi instruindo os seus discípulos falando-lhes do reino de Deus. Depois, subiu ao Céu. É isto que nos relata a primeira leitura.

O livro dos Actos dos Apóstolos começa com a narração da Ascensão de Jesus ao céu, como escutamos. Depois de recordar a actividade apostólica de Jesus, Lucas, autor deste livro, descreve os últimos momentos que o Senhor Ressuscitado passou com os Seus, as palavras que lhes dirigiu e o modo como se separou deles. 

 Perante a pergunta dos discípulos se era o momento de restaurar o reino de Israel, Jesus responde-lhes que o tempo e a hora só o Pai os conhece. Por isso, recomenda aos Seus discípulos que levem a cabo a missão que lhes foi confiada: ser suas testemunhas em todo o mundo. E, sobe ao céu perante o olhar atónito e incrédulo deles.

Afirmar que Jesus subiu ao céu é exactamente o mesmo que dizer “ressuscitou”, foi glorificado, entrou na glória de Deus. As palavras dos Anjos aos apóstolos reforçam o convite a que ponham em prática o que Jesus lhes recomendara: ser suas testemunhas neste mundo.

Mas missão da Igreja, uma nova presença do Mestre

Este último acto da existência de Cristo é o ponto de partida para os primeiros passos da vida da Igreja. A construção do mundo novo apenas começou, mas exigirá muito tempo e muito empenho por parte dos discípulos. Estes, estavam habituados a ter sempre visivelmente consigo o Mestre, a ser guiados passo a passo por Ele. De repente, sentiram-se sós e desorientados perante a missão que sentiam superior às suas forças. Jesus parte para o Céu mas não deixa os discípulos sós. Ele torna-se presente na Sua Palavra, na Eucaristia e na Sua presença em todos os seus discípulos que constituem a Igreja.

A Ascensão lembra-nos que somos enviados de Cristo para continuar e completar a sua obra nos deveres concretos neste mundo. Não podemos ficar parados, olhando para o céu. Devemos ser discípulos e fazer discípulos para o Reino. E Cristo garante-nos:  “Estarei convosco todos os dias, até ao fim dos tempos.”

Cristo parte, mas permanece na comunidade. A Ascensão de Cristo ao céu não é o fim de sua presença entre os homens, mas o começo de uma nova forma de estar no mundo. Ele está presente e envia-nos como seus apóstolos, para que seja conhecido e amado por todos os homens. Hoje, dia em que recordamos a aparição de Nossa Senhora em Fátima, devemos rezar e invocar o Espírito Santo, como o fizeram Maria e os apóstolos reunidos no cenáculo.



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